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Palestra alerta sobre ataques cibernéticos às instituições

“O que é ransomware? Trata-se de um tipo de software malicioso, desenhado para criptografar áreas de armazenamento de computadores e servidores, tornando os dados inacessíveis até que um resgate seja pago”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) do TRT da 17ª Região (ES), Johnathan Marques Silveira Carioca, em palestra sobre ataque cibernético proferida na 2ª Reunião Ordinária do Coleprecor.

Silveira compartilhou com os presidentes e corregedores um pouco da experiência do TRT do Espírito Santo, que conseguiu contornar, com apoio da Polícia Federal, um incidente cibernético ocorrido em 20 de fevereiro deste ano. Segundo o palestrante, os ataques são bem planejados e executados por grupos organizados. “Um estudo da empresa de segurança Apura identificou a atuação de 17 organizações cibercriminosas no Brasil em 2021”, comentou.

De acordo com Silveira, os tribunais devem desativar sistemas legados não compatíveis com soluções modernas de segurança que implicam em manter serviços de infraestrutura desatualizados e vulneráveis. Também devem manter múltiplos backups e processos de recuperação de desastres priorizando a realização de testes periódicos. 

Para Silveira,  o surto de ataques cibernéticos às instituições públicas deve ser encarado como uma oportunidade para uniformização das ferramentas de monitoramento, detecção e prevenção de incidentes nos tribunais trabalhistas. O palestrante recomendou a adoção de soluções unificadas de segurança da informação para toda a Justiça do Trabalho.

Algoritmo de inteligência e Meta 9

Na sequência, o secretário de Orçamento e Finanças do TST, Ivan Gomes Bonifácio, apresentou as ações necessárias para o projeto piloto de implantação da pesquisa judicial com uso de algoritmo de inteligência artificial, bem como da Meta 9, que trata de inovação no âmbito dos TRTs. Segundo ele, que conduziu os projetos quando foi assessor-chefe da Assessoria de Governança e Gestão Estratégica do CSJT, será necessário que os tribunais indiquem integrantes para ajudarem na qualificação do algoritmo que fará a pesquisa judicial. 

“Uma vez qualificado, ele chega a um nível de acurácia adequado e passa a funcionar em todos os tribunais. Quem não aderir, ficará um passo atrás”, explicou. Uma outra estratégia é em relação à Meta 9, para a qual a inteligência artificial será, de acordo com Ivan, uma revolução. “Adiram ao plano nacional da Meta 9 e, ao aderirem, indiquem pelo menos dois especialistas em direito para auxiliarem o pessoal de T.I. na seleção de critérios e validação de resultados”, concluiu. 

Com informações do TST

Fotos: Ana Claudia de Siqueira/ TRT-15