
A quarta reunião ordinária de 2025 do Colégio de Presidentes(as) e Corregedores(as) dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor) foi concluída na manhã desta quarta-feira (21/5), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com uma programação voltada à análise institucional e sustentabilidade.
Logo no início foi apresentado um vídeo produzido pela equipe de comunicação do TRT da 23ª Região sobre o Estado de Mato Grosso. Em 21 e 22 de outubro, ocorrerá a reunião do Coleprecor em Cuiabá.
Sustentabilidade

Na sequência, foram apresentadas ações de sustentabilidade. A condução dos trabalhos foi feita pelo corregedor do TRT da 3ª Região (TRT-MG), desembargador Manoel Barbosa da Silva, coordenador da Comissão de Sustentabilidade do Coleprecor.
Os magistrados e magistradas discutiram práticas sustentáveis em andamento nos regionais, com destaque para iniciativas de gestão ambiental, eficiência energética e promoção da responsabilidade social.
Práticas TRT-MG
O corregedor do TRT da 3ª Região (TRT-MG), desembargador Manoel Barbosa da Silva, apresentou iniciativas de sustentabilidade em andamento no Regional mineiro, com destaque para a redução no uso de papel e estímulo à impressão consciente.
Ele contou que, ao perceber que outro Tribunal havia proibido a impressão frente e verso, buscou reverter a medida com apoio do setor de boas práticas.
“Vamos reduzir o consumo para metade”, relatou.

Entre as ações estruturantes em curso, ele citou a implantação de uma usina de microgeração de energia no TRT-MG, que já teve o edital autorizado e deve ser publicado até julho. O projeto está em fase de preparação e tem como objetivo melhorar a eficiência energética do Tribunal.
“Sustentabilidade custa dinheiro. E o que a gente faz é muito pouco, mas temos que fazer a nossa parte”, ressaltou.
O magistrado também propôs o fortalecimento dos setores responsáveis pela área de sustentabilidade e a troca de experiências entre tribunais para aprimorar as ações.

O desembargador sugeriu, ainda, o uso de recursos provenientes de multas trabalhistas para fomentar projetos ambientais fora do Judiciário, como a recuperação de nascentes e da mata ciliar por pequenos produtores.
Segundo ele, essa verba poderia ser redirecionada com critérios e fiscalização, em parceria com organizações da sociedade civil.
“A natureza somos nós. Se ela vai para o buraco, nós vamos juntos”, afirmou, defendendo que o Judiciário Trabalhista também contribua para o meio ambiente de forma concreta e socialmente responsável.
Também fazem parte da Comissão de Sustentabilidade a presidente do TRT da 17ª Região (TRT-ES), desembargadora Alzenir Loeffler; a corregedora do TRT da 18ª Região (TRT-GO), desembargadora Iara Teixeira Rios; e o presidente do TRT da 11ª Região (TRT-AM/RR), desembargador Jorge Álvaro Marques Guedes.

Desembargadores e desembargadoras de outros tribunais, como da Paraíba, do Amazonas e de Alagoas, também relataram as ações de sustentabilidade praticadas nos Regionais.
Perfil TRT-RN
O presidente e corregedor do TRT-RN, desembargador Eduardo Serrano da Rocha, coordenou a apresentação do estudo “Perfil Institucional do TRT da 21ª Região”.
O diagnóstico foi realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e traça um panorama detalhado da atuação do Tribunal no Estado, com foco na estrutura administrativa, produtividade, força de trabalho e contexto socioeconômico regional.

A apresentação foi feita pelo juiz Luciano Athayde Chaves, coordenador do Subcomitê de Pesquisas Judiciárias e Ciência de Dados do TRT-RN.
Ações realizadas:
Objetivo Geral
Realizar pesquisas empíricas para aprimorar a governança e gestão do tribunal, com base em evidências e diagnósticos da realidade institucional;
Parceria Institucional
Firmado Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
Projeto intitulado: “Governança e gestão estratégica no Poder Judiciário: uma pesquisa aplicada no TRT da 21ª Região.”
Seleção e composição dos pesquisadores
Pesquisadores poderiam ser da UFRN ou externos, com diploma mínimo de graduação e mestrado nas áreas de administração, direito ou gestão pública;
Oito inscritos e cinco aprovados após análise curricular, anteprojeto e entrevista;
Cada bolsa tem valor de R$ 2,2 mil por mês, com carga horária de 12h semanais por 6 meses.
Temas das pesquisas selecionadas
Práticas de gestão de pessoas e gestão do conhecimento;
Gestão e melhoria de processos organizacionais;
Governança judiciária;
Análise dos protocolos de atuação com perspectiva de gênero, raça, etnia, deficiência, idade e neurodiversidade;
Litigiosidade x Determinantes Sociais, Demográficos e Econômicos nos Municípios do RN;
Evento de Lançamento
I Seminário de Projetos de Pesquisas Empíricas sobre o TRT21:
Realizado em 21 de março de 2025, na Escola Judicial do TRT21;
Apresentação dos projetos e dos pesquisadores.
O estudo servirá como subsídio técnico para aprimorar políticas de gestão, alocação de recursos humanos e planejamento estratégico da corte potiguar, além de poder inspirar práticas em outros regionais com realidades semelhantes.
Encerramento com deliberações e alinhamentos finais
Encerrando oficialmente a reunião, os(as) membros(as) do Coleprecor aprovaram a ata da 3ª Reunião Ordinária (abril/2025) e discutiram assuntos gerais relacionados ao funcionamento da Justiça do Trabalho e diretrizes para os próximos encontros.
A presidente do Coleprecor, desembargadora Adenir Carruesco, agradeceu a participação de todos os tribunais e destacou a importância da construção conjunta de soluções para os desafios enfrentados pela Justiça do Trabalho em todo o país.
A próxima reunião do Coleprecor está marcada para ocorrer nos dias 17 e 18 de junho, em Canela, na Serra gaúcha.