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TRT da Paraíba apresenta Projeto Carbono Neutro aos demais regionais

Na segunda reunião ordinária do Coleprecor, o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (PB) apresentou aos demais TRTs o seu Projeto Carbono Zero. Por meio dessa iniciativa, a Justiça do Trabalho paraibana conseguiu reduzir significativamente as emissões de gás carbônico (CO2) decorrentes de suas atividades.

Veja aqui as fotos do evento.

A exposição foi conduzida pela presidente do TRT-13, desembargadora Herminegilda Leite Machado, e pelo secretário de Governança e Gestão Estratégica do mesmo regional, Max Frederico Feitosa Guedes Pereira.

Com vistas ao desenvolvimento sustentável, a “descarbonização” é um dos objetivos do Poder Judiciário brasileiro, disposto na Resolução 594/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os tribunais devem lançar ações para medir, reduzir e compensar as emissões de gases de efeito estufa resultantes do seu funcionamento. Quando emitidos, esses gases se concentram na atmosfera, causando o aquecimento do planeta.

O TRT paraibano iniciou seu Projeto Carbono Zero já em 2023, quando fez um inventário das suas emissões de CO2 no ano anterior. O inventário tem três escopos. Os dois primeiros se referem basicamente à emissão de gases proveniente do uso de combustível, energia elétrica e ar-condicionado. O terceiro – que começou a ser calculado pelo TRT-13 apenas em 2024, em relação a 2023 – estima a liberação de CO2 nos deslocamentos de magistrados e servidores no percurso casa-trabalho e em viagens a serviço.

No inventário de 2023 foi constatado que, em 2022, o TRT-13 liberou 269 toneladas nos escopos 1 e 2. O inventário passou pela auditoria de uma empresa externa e, após ser aprovado, foi inscrito no Repositório Público de Inventário de Emissões, da Fundação Getúlio Vargas, na categoria ouro. Foi o único Tribunal do país a atingir esse feito, ao lado de outras 410 empresas e organizações.

A partir do diagnóstico, o TRT-13 adotou medidas para reduzir as emissões: parou de abastecer seus carros com gasolina, usando apenas álcool; se desfez de veículos movidos a gasolina e álcool; comprou automóveis híbridos; diminuiu o número de impressoras e investiu em aparelhos de ar-condicionado mais eficientes. Em um ano, a emissão nos dois escopos reduziu de 269 para 120 toneladas. 

”Reduzir a emissão a zero é muito difícil. Então, daqui em diante, entra a compensação. O que não é possível reduzir, se compensa”, explicou Max.

Para compensar a emissão restante, o TRT-13 comprou, via licitação, créditos de carbono. Uma propriedade rural na região entre Amazônia e Pantanal reserva para o Tribunal uma área com plantas capazes de reter CO2. Além disso, a instituição adquiriu, junto à empresa distribuidora de energia, Certificados de Energia Renovável, uma garantia de que a energia fornecida ao Tribunal provém de fontes renováveis, como energia solar. Para completar, o regional paraibano plantou mil árvores em 2024 e plantará mais 4 mil este ano. Árvores que reservarão C02 por pelo menos 20 anos.

Com a combinação dessas medidas de redução e compensação, o TRT-13 conseguiu atingir a marca do Carbono Zero nos escopos 1 e 2. Neste ano, a instituição se esforça em reduzir mais ainda as emissões, para tentar compensar também as 361 toneladas estimadas no escopo 3 (deslocamentos casa-trabalho e viagens).

Conforme a presidente Herminegilda, o Tribunal coloca o projeto à disposição dos demais TRTs, de modo a contribuir para iniciativas semelhantes nas outras regiões.

Projeto Data Lake

Após a exposição do Projeto Carbono Zero, a reunião abriu espaço para a área de tecnologia da informação. O TRT da 3ª Região (Minas Gerais) apresentou o Data Lake, uma plataforma tecnológica que unifica dados de vários sistemas estatísticos. A utilização desse grande repositório traz uma série de vantagens para o Tribunal, principalmente porque evita a sobrecarga de acessos às bases de dados dos sistemas abrangidos. 

A apresentação do Data Lake foi conduzida pela presidente do TRT-3, desembargadora Denise Alves Horta, e pelo servidor José Humberto Cruvinel Resende, analista judiciário especializado em Tecnologia da Informação. A desembargadora Denise também colocou o projeto à disposição dos demais tribunais trabalhistas.