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TRT-2 SEDIA EVENTO “DIÁLOGO SOBRE GÊNERO E RAÇA: A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO”

Organizado pelo TRT-2 e pelo Ministério Público do Trabalho da 2ª Região, o evento cultural “Diálogo sobre Gênero e Raça: a Mulher e o Mundo do Trabalho” aconteceu nessa quinta-feira (21) no auditório da Ejud-2 (10º andar), no Fórum Ruy Barbosa, em São Paulo-SP.

Destinado ao público em geral, o evento reuniu a presidente do TRT-2, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, e outras profissionais em torno das temáticas que marcaram março, mês do Dia Internacional da Mulher (8) e do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (21).

Na foto acima: Juiz Fábio Ribeiro da Rocha (representando a Ejud-2), des. Rilma, juíza Patrícia e des. Ivone

A presidente fez a abertura do debate, ressaltando que “a discriminação de gênero e raça persiste na sociedade, sendo que no âmbito do trabalho as desigualdades são evidentes, principalmente com relação a salários e oportunidades. Assim, conscientização, oportunidade, inclusão social e respeito devem definir as políticas para enfrentar esses problemas”.

A juíza do TRT-2 Patrícia Almeida Ramos parabenizou os organizadores pela iniciativa que “procura trazer a conscientização da necessidade da quebra dos paradigmas que tornam a nossa sociedade desigual”.

A palestrante, desembargadora aposentada do TJ-RJ Ivone Ferreira Caetano (foto ao lado), fez uma retrospectiva da condição da mulher na busca por seus direitos, analisando as diferenças de gêneros nas sociedades, com a divisão sexual do trabalho. A desembargadora destacou que “os avanços sociais, conquistados em séculos de lutas, não alcançam as mulheres negras, motivo pelo qual a discussão em torno do respeito às diversidades se faz necessária”.

A promotora de justiça Maria Gabriela Manssur, as procuradoras do Ministério Público do Trabalho Elisiane Santos e Valdirene Assis, a juíza do TRT-2 Mylene Ramos, a comunicóloga Katiucha Watuze e a advogada Carmen Dora Ferreira, em uma roda de conversa, debateram a temática e responderam às  perguntas do público (foto abaixo).

 

 

Katiucha definiu racismo como um sistema que envolve o Estado em suas três esferas (Legislativo, Judiciário e Executivo); a economia, com todas as questões de classes; e a comunicação, enquanto agente que fundamenta e consolida esse sistema, por meio da construção imagética e das narrativas. “Quando a gente não vê a população preta sendo representada na mídia de forma positiva, sendo essa imagem, ao contrário, associada a tudo que é marginal, a gente constrói e reforça socialmente as bases do sistema racista”, afirma a comunicóloga.

A mesa de debate suscitou a importância de estimular a representatividade feminina, sobretudo a negra, por meio das políticas públicas, com a efetiva ocupação de espaços públicos e privados, pois, como aponta Maria Gabriela Manssur, “lugar de mulher é onde ela quiser, mas para isso é preciso ter oportunidade”.

Texto: Larissa Martins de Queiroz; Fotos: Fernando Hauschild – Secom/TRT-2